quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Você sabia do sabiá?

Você sabia do sabiá
O Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) é uma ave do grupo dos passeriformes da família Turdidae encontrado em todo Brasil exceto na região norte. Tem como habitat desde áreas de Mata Atlântica, cerrado a áreas antropizadas, sendo uma das aves mais comuns nos centros urbanos, que encanta a todos pelo seu belo canto, sempre a primeira a ser ouvida.
Contudo o sabiá e eternizou mesmo nas palavras de Antônio Gonçalves Dias (-1823-1864) “Minha Terra tem palmeiras onde canta o sabiá; As aves que aqui gorjeiam não gorjeiam com lá” Estas belas palavras somadas ao belo canto da ave fez do sabiá a ave símbolo do Brasil em 1968, durante a audiência da Associação de Preservação da Vida Selvagem. Sob as solicitações de Dalgas Frisch, um dos mais importantes ornitólogos do nosso país, o sabiá-laranjeira passou a ser a ave símbolo do Brasil através do decreto nº 63.234 e a data 5 de outubro o dia da comemoração.  
Mas o curioso que até então a ave ainda não tinha o nome popular e nem científico oficializado e só 17 anos depois o ornitólogo H. Sick, outro grande nome da ornitologia, através de uma revindicação ao então presidente José Sarney retificou o decreto e o nome sabiá-laranjeira foi decidido, porém ainda faltava o nome científico. Novamente Dalgas  encabeçou uma campanha com apoio do escritor Jorge Amado, defendo o nome de Turdus rufiventris (Latim Turdus = sabiá, rufus= vermelho ventris, venter=barriga ou seja, sabiá da barriga vermelha)  e também para oficializar a ave como a ave símbolo do Brasil.
Em 2002 houve uma enquete na internet de qual ave deveria ser a ave símbolo do Brasil; A araruba (Aratinga guarouba) com suas cores brasileiras ou o sabiá a ave do coração e da alma dos brasileiros? E com 91,7% o sabia-laranjeira foi escolhido. Diante desta incontestável preferência, Dalgas Frisch, acompanhado dos seus amigos Silvestre Gorgulho. Diretor da folha de Meio Ambiente e do Jornalista Ciro Porto, vice-presidente da Associação para a Preservação da Vida Selvagem (APVS) foram buscar apoio do governo federal para fazer do sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) a Ave nacional. Após algumas reuniões e indagações o apelo foi atendido.
No dia 3 de outubro de 2002, antevéspera do dia da ave o então Presidente Fernando Henrique Cardoso, através de um decreto oficial  intitulou o sabiá-laranjeira como a ave do Brasil e o dia 5 de outubro como o dia da ave.
Esta bela ave faz parte da história do nosso país e da nossa cultura, cuidar bem dela é cuidar também da nosso patrimônio e do nosso bem estar, quem ouve essa bela ave cantarolando sabe o significado dessas palavras. 

SIGRIST, Tomas, Avifauna Brasileira-Guia de Campo Avis Brasilis, São Paulo, 2013.
FRISCH, Joham, Aves Brasileiras e Plantas Que as Atraem, 2005.


Sabiá-laranjeira vocalizando

O sabiá-laranjeira tanto pode ser encontrado em áreas silvestres como em áreas urbanas

Catando gravetos para o ninho. 

Existem outras espécies de sabiás, somente o sabiá-laranjeira tem essa plumagem avermelhada. 

Não há dimorfismo entre o macho e a fêmea, a fêmea também canta numa frequência menor que o macho 

Sabiá-laranjeira com leucismo, que é uma particularidade genética que pode ocorrer na espécie. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Em algum lugar de Caldas



Fazenda da Cachoeira, um testemunho vivo da história de Caldas.
A história da colonização do município de Caldas começou com a criação de gado, a princípio criado como moeda de troca e posteriormente para a ordenha e corte, assim começou os primeiros movimentos da economia do município, sempre tendo o gado e os campos naturais como sustento para esses animais. Tudo isso começou a bem mais de 200 anos atrás, testemunhos vivos dessa época seria então impossível¿ Não, na Fazenda do Retiro! Uma fazenda que nos leva a uma verdadeira viagem ao passado.
Imagine uma fazenda, com base de pedras, paredes de pau a pique, a seu redor um enorme curral de pedras e madeiras e pequenas casinhas, também de pau a pique para guardar mantimentos, paiol de madeira, com chiqueiro embaixo, claro também de pedras feito por escravos! E tudo mais como casa de colono, roda d’água para gerar energia, mujolo para fazer canjiquinha e por aí vai. O tempo já corroeu boa parte destas benfeitorias, mas uma considerável parte esta lá intacta, como há 124 anos. A Fazenda não é a mais antiga do município, existem outras ainda mais ancestrais, como a Fazenda Ribeirão Fundo que também ainda esta de pé em pleno vapor e é datada de 1851 e há ainda outras mais antigas como a Fazenda do Capivari. Mas o que chama a atenção na Fazenda da Cachoeirinha é o modo como tudo é feito, principalmente o retiro ainda manual, com vacas, guzerás e caracus que segundo o Sr, Virgilio herdeiro da fazenda, essa espécie de gado foi escolhida devido à resistência e por se adaptar melhor aos campos naturais. Virgilio é filho do Antônio José melo, o saudoso Toquinho que adquiriu a fazenda de um tio avô, Pedro Severiano França (Pedro Cuta), o fundador da fazenda em 1889.
O dia na fazenda começa no raiar do dia, as vacas estão soltas pelo pasto, boa arte ainda campos naturais. O cachorro e os gritos do Sr. Virgilio e seu enteado e braço direito “Dione” trazem elas até o curral. Os bezerros estavam em outro pasto, mas nessa hora já estão berrando ao redor esperando pelo leitinho_ Uma teta cheia de leite, essa é forma de partilha, três para o retireiro e uma para o bezerro, parece injusto, mas, é mais que suficiente para saciar a fome do bichinho.
Os bezerros são amarrados nas patas dianteiras da vaca, o leite é retirado num balde, vaca boa enche o balde de 12 litros. Se a vaca for de primeira cria e ainda não estiver acostumado com a rotina do retiro, usa-se o cambão, que é uma madeira com uma corda na ponta usada para amarrar a vaca enquanto o vaqueiro a segura em outra ponta. Tem que ter braços fortes e coragem para segurar a vaca com seus chifres afiados, essa casta de vacas é conhecida pelos enormes chifres encurvados, na fazenda esses chifres que são preservados ao contrário de outras fazendas onde as vacas são escornadas para evitar acidentes e facilitar o manejo.
Como em qualquer retiro, há sempre uma garrafa de café com uma caneca que pelo menos em dois intervalos da ordenha é cheio com leite retirado na hora, literalmente aos pés da vaca. Outra cena no mínimo inusitada, para quem nunca acompanhou um retiro é o banco de madeira, amarrado por uma borracha ao corpo do retireiro, assim ele nunca cai, mesmo que a vaca se movimente.
Segundo Virgílio, a fazenda intercalou a venda do leite in natura com a produção de queijo no decorrer dos seus 124 anos de existência. No entanto, a forma de produção nunca se alterou, houve os momentos de auge da fazenda, quando tinha no mínimo três famílias de colonos que viviam e trabalhavam na fazenda, eram mais de 150 vacas, para ser ordenhadas, manejadas e apartadas e havia ainda os trabalhos intrínsecos de uma fazenda. Hoje somente dois são mais que o suficiente para cuidar das 40 vacas restantes. Embora o trabalho ainda seja muito, boa parte do trabalho que antes era feito manualmente na fazenda, hoje é mecanizado, ou mesmo produtos que antes era cultivado, colhido e beneficiado na própria fazenda, como o arroz, por exemplo, que era colhido e limpo ali mesmo no mujolo, hoje é adquirido no mercado já limpo, pronto para o preparo. Muita coisa mudou no decorrer da história da fazenda, assim como, tudo muda, mas testemunhar uma forma de trabalho que atravessou o século sem nada mudar é no mínimo uma experiência enriquecedora e que nos leva a mudar a percepção do olhar e do pensar em relação à cultura, tecnologia e consumo.





sexta-feira, 9 de agosto de 2013

1º Workshop de Fotografia de Natureza e Técnicas de Levantamento de Aves e Mamíferos


O fotógrafo Ederson Godoy e o biólogo Eric Williams com apoio da Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas realizarão em data a ser definida, provavelmente outubro, o primeiro Workshop de Fotografia de Natureza e Técnicas de levantamentos de Aves e Mamíferos.
No Workshop serão oferecidas vivencias de campo tanto de fotografia de natureza, como de trabalhos de levantamentos de aves e mamíferos. O participante terá contato direto com os equipamentos, técnicas, normas, conceitos e tudo mais que envolva trabalhos em campo da área de fotografia de natureza, observação e levantamento de aves e mamíferos. Sob a orientação do biólogo e ornitólogo Eric Williams e do fotógrafo e técnico em meio ambiente Ederson Godoy.
O Workshpo será oferecido no espaço do Jardim Botânico de Poços de Caldas, dia 14 de setembro de 2013, sábado. . Por ser um curso introdutório o valor da inscrição da primeira turma será simbólico, quinze vagas serão oferecidas, com possibilidade de novas turmas, lembrando que somente a primeira turma pagará com descontos. No final curso cada participante receberá um certificado de participação assinado pelos responsáveis do curso. Poderão participar do curso estudantes, profissionais da área ambiental, fotográfica e demais interessados.
Caso tenha interesse em participar entre em contato com a equipe organizadora, as turmas serão fechadas a partir de 10 participantes, garanta já sua vaga e vivencie um dia de experiências enriquecedoras e inesquecíveis.
Contatos: fones: (35)  9135-7012 (vivo) 9250-8767 (Tim) 8806-9189 (Oi)
E-mail: verdenovo22@hotmail.com / fotografoedersongodoy@gmail.com


Obs: Não é necessário ter máquina profissional! 

domingo, 4 de agosto de 2013

Como os grandes temas da Fotografia de natureza pode despertar o olhar para as questões ambientais.


      Não encontrei na literatura brasileira grandes referências que comprovem a importância da fotografia frente às questões ambientais e de como o olhar fotográfico pode colaborar para a preservação ambiental, no entanto, diversas literaturas citam o uso da fotografia em pesquisas, educação ambiental, perícias ambientais e diversas outras aplicações, para BORGES et al  (2010) visão é um dos sentidos mais importantes nos humanos e, por isso, a fotografia pode ser uma excelente opção para driblar a falta de recursos na educação ambiental, sensibilizando e ensinando por meio de sua informação e beleza. COLOMBINE (2009) entende que “quem convive com a natureza sabe que estamos sujeitos a ela e podemos amenizar suas forças, mas ela é sempre superior a nós.” Essa visão contrapõe o antropocentrismo e põe em cheque a dependência que temos da tecnologia nos dias atuais que dependem diretamente dos recursos naturais e que por muitas vezes esse fato passa despercebido das nossas concepções.

     É indiscutível que o fotógrafo, seja profissional, amador ou ocasional tem seu olhar despertado em relação aos motivos que fotografa. Dentro da fotografia de natureza há diversos seguimentos, motivando diferentes olhares e sentidos. Esses seguimentos são chamados pelos fotógrafos de “Os grandes temas” que embora possa variar as nomenclaturas dependendo do foco e do fotógrafo a concepção e abordagem são as mesmas. Veja alguns destes temas: Paisagens, insetos, plantas, mamíferos, paisagens noturnas, paisagens antropizadas, fotografias macro,  fotografias aéreas etc.

  Dentro destas definições abordarei a importância da fotografia para a preservação, conscientização e interação ambiental levando em conta meu conhecimento empírico e minhas experiências como fotógrafo e educador ambiental.

Paisagens
As se mostram diferentes dependendo da hora do dia até mesmo em diferentes estações do ano. (pôr do sol, Tripuí, Caldas, MG)

Nascer do sol (Serra do Papagaio, Aiuruoca, MG)
      O fotógrafo que fotografa paisagens tem que ter um conhecimento básico de luz natural, ou seja, tem que estar com os olhos atentos ao clima, o movimento do sol, da lua, das sombras, das nuvens e tudo mais que possa influenciar na composição e exposição das suas imagens sendo assim, aprenderá respeitar o tempo e compreender melhor o clima e sua influência direta e indiretamente sobre a paisagem.

     Outro ponto crucial para imagens belas de paisagem é seu estado de preservação, assim como a harmonia dos seus componentes, como: montanhas, rios, florestas e tudo mais que constroem o cenário a ser fotografado, obviamente que para obter uma boa imagem todos os componentes têm que estar “comunicando” e se interando, sendo assim, o fotógrafo não só entenderá melhor sua paisagem do ponto de vista estético como também do modo funcional, compreendendo melhor os nichos ecológicos e as reais ligações da teia da vida.

Mamíferos
Alguns gestos animais são muito parecido com os dos humanos

Outros já chamam a atenção devido justamente por serem capazes de fazer coisas impossíveis as humanos
    Primeiramente é bom deixar claro que o termo, mamíferos, obviamente refere a todos mamíferos, no entanto, esse grupo difere bastante em diversos aspectos como hábitos e habitat (mamíferos terrestres, aquáticos, noturnos, voadores etc...), tamanho, cores e formatos etc...

    Mas esse grupo em especial é um grupo que sempre chama bastante à atenção dos humanos até porque também somos mamíferos sendo assim há algumas características em comum, antropomorfias. Conforme define Marigo (2013) “Antropomorfizar os animais e plantas é uma maneira de identificar os homens com os seres naturais.” Como é sabido que tudo aquilo que identifica-nos, nos cativa e tudo que nos cativa é protegido. Sob essa perspectiva fotografar mamíferos elevará nosso conhecimento sobre, este conhecimento aliada a afinidade e similaridade que temos por este grupo, automaticamente seremos mais responsáveis pelo bem estar e a preservação, o que indiretamente nos fará mais zelosos pelo meio ambiente.

    Outro ponto a ser considerado é que quem fotografa mamíferos necessariamente tem que entender algumas regras da natureza, assim como estar com o olhar aguçado para identificar pegadas e sinais que levam o fotógrafo a seus objetivos, sendo assim, obrigatoriamente o fotógrafo de mamíferos deve se sintonizar com a natureza, por tais motivos um fotógrafo que procura mamíferos será um defensor e preservador dos recursos naturais.

Aves
Este ninho de tucano foi encontrado devido ao "barulho" dos filhotes
  Um fotógrafo ou observador de aves necessariamente tem que ter dois sentidos bem desenvolvidos e treinados para achar, observar e\ou fotografar aves, são este o ouvido e a visão. Na grande maioria é mais fácil a ave ser ouvida do que visualizada, quer por seu tamanho, quer por seus hábitos e preferência por habitat de difícil acesso as humanos como  copa das árvores por exemplo.

    Sendo assim um observador de aves tem que estar em total sintonia com o ambiente em que procura a ave, essa sintonia levará o observador as minúcias da natureza ao um contato intimo e delicado, ou seja, não há como um fotógrafo de aves não ser um conservador e admirador da natureza.

Répteis
A pele fria e pegajosa dos anfíbios causam nojo e seus formatos estranhos causam medo, no entanto, são animais inofensivos.

Serpentes venenosas diferem morfologicamente das inofensivas.
    Este grupo esta entre os que mais sofrem preconceitos dos humanos, a cultura humana prega isso de diversas formas, como por exemplo: “A cobra é símbolo do mal e do pecado”; Os sapos são feios”; “Toda cobra é venenosa.” Estes ditos populares e crenças infundadas levam crianças e adultos a odiar e ver estes inocentes bichinhos como inimigos.  

    Como em todos os grupos, quem vai à busca destes para fotografar, automaticamente descobrirá que nem toda cobra é venenosa, e mesmo as venenosas não irá nos oferecer perigo a não ser que inflijamos alguma regra da natureza. Também descobrirá que os sapos e os demais como pererecas e rãs, tem sim sua beleza e suas excentricidades, e, que por sinal são fotogênicos e rendem lindas imagens.

    Outro ponto crucial é que este grupo requer obrigatoriamente na grande maioria ambientes bem preservados, ou seja, quem quer trabalhar com este grupo, que é dos mais gratificantes, necessariamente deverá ser um defensor tanto do grupo como da natureza, consequentemente será um ator em favor as questões ambientais.

Temas aquáticos
O registro dessa imagem só foi possível porque a água era límpida e sem poluição
    Como aprendemos já nos primeiros anos escolares a maior parte do planeta é composta por água, em suas diversas formas, água doce (rios, lagos, represas...) águas salgadas (mares e oceanos) e geleiras. Consequentemente a água é berçário de diversas formas de vida, sendo algumas exuberantes. Infelizmente estes são um dos ambientes que mais sofrem com a degradação e poluição.

    Desta maneira todo aquele que tem como objetivo fotografar os componentes deste tema primeiramente terá que ser um conservacionista, até porque não é possível fotografar o subaquático de um rio se este estiver poluído, como também não encontrará vidas dentro destes se não houver condições favoráveis.

Insetos
Não existe outro reino com tantas variações, este reino é um dos mais gratificante aos fotógrafos  
     Embora este seja grupo de animais mais abundante da terra, correspondendo mais de 85% de todas as espécies de animais conhecidos esse é um dos grupos menos protegidos do planeta, você já ouviu falar em alguma ONG ou qualquer tipo de instituição que defenda esses bichinhos? Mas com certeza já ouviu aquela expressão pejorativa “Você é um inseto!”.

    No mundo fotográfico a fotografia de insetos, embora desafiadora, é um dos ramos da fotografia de natureza que mais causam admiração das pessoas, a explicação é simples é um mundo que não conhecemos e tudo o que for mostrado desse mundo nos causará espanto e admiração. Desta maneira, o fotógrafo de natureza será um excelente ator social frente à preservação ambiental e compreenderá o quão importante esses bichinhos são à manutenção do equilíbrio do planeta.

Plantas
Plântula de Amarillis

                                       
 Mochoqueiro

   Plantar é o símbolo da prosperidade, colher nos remete a fartura e o verde é a símbolo da preservação, note que as plantas são mais do que componentes ornamentais, são vitais ao equilíbrio do planeta. Se na natureza são abrigo e fonte de alimentos, para os seres humanos seus benefícios são imensuráveis.

    Aquele que fotografa uma planta sabe que esta também dará a possibilidade de fotografar os outros grandes temas, as plantas são a base para a salubridade do planeta, sendo assim, é um dos elos mais importantes da teia da vida.

Referências

BORGES, A fotografia de natureza como Instrumento para educação ambiental, 2010, SC.

MARIGO, Fotografe, nº201, Pág 58, 2013

MARIGO, Fotografe, nº 198, pág 84, 2012

COLOMBINE, Fotografia de Natureza Brasileira, 2009, SP.

FOTOGRAFE, Fotografia de Paisagem, 2013.