quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Fotografia é arte?

   Quando me perguntam o que faço, digo: Sou fotógrafo! Alguns dizem: “então você é um artista!” Não! Sou fotógrafo! Na verdade talvez nem fotógrafo seja ainda. A fotografia é “meu ganha pão,”, ou seja, pratico a fotografia como profissão, e nessa perspectiva sou fotógrafo. Mas afinal fotografia é arte?

   Esse debate nasceu quase que simultâneo com o nascimento da fotografia se considerarmos que a fotografia apareceu para o mundo em 1839, com a foto “Vista da Janela em Le Gras” tirada entre 1826-1827 pelo francês Joseph Nicèphore Niépce, (Campany 2012) e que em 1857 houve a primeira exposição de fotografias junto com outras artes na Exposição de Tesouros Artísticos de Manchester, mas em 1862, os organizadores da Exposição Internacional de Londres declararam que não iriam exibir fotos junto com as demais artes e que estas seriam exibidas na seção de equipamentos mecânicos (Campany 2012). Devido aos protestos dos fotógrafos defensores da fotografia como arte as próximas exposições incluíram a fotografia na seção “outros trabalhos” sem qualquer classificação.

   Se em 1950 estúdios fotográficos serviam de inspiração para pintores em 1880 os princípios pictóricos já eram aplicados à fotografia por vários fotógrafos, como Henry Peacch Robinson que escreveu o influente livro Pictorial effect in photography (Efeitos Pictóricos em fotografia, 1869) (Campany 2012). E esse casamento entre pintura e fotografia perdura até os dias de hoje.

 Durante muito tempo houve vários movimentos e organizações para libertar a fotografia de suas amarras documentais e técnicas, a intenção era mostrar que a fotografia poderia ser também e artística, contemplativa, criativa uma forma de arte independente. Em 1888 foi lançada as câmeras Kodak e a fotografia ganha força popular graças à tecnologia das câmeras que fazia as foto “sozinhas”, “Você aperta o botão nós fazemos o resto” era o slogan da Kodak. (Campany, 2012) Desde então a fotografia só se popularizou devido as tecnologias cada vez mais completa que exigem menos dos fotógrafos e aos preços mais acessíveis justificado por lançamentos a todos instantes. A fotografia também se tornou um produto capitalista, onde a alusão que a máquina é que faz o fotógrafo.

   Se a fotografia analógica que exigia técnica e conhecimento já era contestada como arte e agora com o advento do digital onde é possível fazer dezenas de disparos para se escolher uma, quando as máquinas são capazes de fazer vários disparos sem tirar o dedo do disparador e a fotografia é um arquivo digital podendo ser facilmente manipulada e ajustada tecnicamente, como exemplo o modo Raw, presente na maioria das câmeras digitais, que traduzido quer dizer “cru”, ou seja, você registra a cena, depois a ajusta num programa de computador conforme sua preferência ou sua necessidade. Um arquivo digital poderia ser considerado arte?

   Antes de uma “rotulagem” temos que fazer algumas considerações; Talvez à primeira seja que uma maquina fotográfica é um equipamento mecânico, que envolve química e física. Uma foto é feita pela máquina ou pelo fotógrafo? De qualquer forma há a participação dos dois, mesmo que a câmera fotográfica faça a foto sozinha ainda sim foi o homem e sua ciência que a produziu. Uma máquina fotográfica faz registros de luz, ou melhor, de reflexos de objetos, de coisas, de um motivo... O que vai mudar então é a forma de quem faz esse registro, do equipamento que este está usando e do conhecimento prático e tecnológico que o fotógrafo tem de sua câmera e do ambiente.

O fotógrafo Americano Paul Strand (1890-1976) observou que a fotografia é única contribuição importante da ciência para as artes. (Marigo 2010 cit Strand). Será mesmo? E o pincel do pintor e ponteiro do escultor, não são produtos industriais? Não há uma relação entre a qualidade destes para o sucesso do produto final? Não podemos afirmar que a fotografia é ou não arte, porque usa de uma ferramenta tecnológica ou mecânica. Se Michelangelo retira do bloco de mármore o desnecessário, o fotógrafo coloca no seu “quadro” somente o necessário, cada qual com suas ferramentas.

   Podemos dizer que arte é contemplativa e a fotografia pode ser tanto contemplativa como informativa e que a arte é um processo de criação que vem puramente da mente do artista e que a fotografia é pré-estabelecida, ou seja, a fotografia só existe a partir do registro de um “motivo”. Sendo assim fotografia não é arte, embora o fotógrafo possa passar seu ponto de vista, sua sensibilidade e sua cultura entre muitas outras subjetividades. A fotografia seria então um universo paralelo entre ciência, tecnologia e arte?

   Para Cartier-Bresson essa discussão é puramente acadêmica, concordo tudo o que o fotógrafo quer é fazer é seus registros da melhor forma possível, independente, de qual é seu foco, e sua maior preocupação é o tempo, ou melhor, o registro do instante. Outras preocupações como luz, enquadramento, composição são meramente técnicas e atendem a demandas. Qual será a finalidade deste registro?

   O fotógrafo vive de escolhas, tanto do equipamento que usa, como das configurações deste equipamento antes do registro, como o ISO, a velocidade, a abertura, etc. E por fim, o enquadramento, qual será sua posição e a posição da câmera em ralação ao motivo? Qual será o momento do disparo? Tudo é uma questão de escolha, e vemos o que o fotógrafo quis nos mostrar. Mas isso não é uma arte? Ver através dos olhos de outro?

   O que podemos afirmar é que a fotografia registra a realidade, o tempo, os fatos e tudo mais que se possa ver e que reflete luz, mas quando analisamos profundamente uma foto vemos que nada disso é puramente verdade; a realidade é subjetiva, por isso não há como registrar. Nesse caso o contrário também é verdade, são possíveis vários registros de uma mesma realidade. Como afirma Marigo, a realidade é tridimensional e a fotografia é plana. Seria possível registrar o tempo num milésimo de segundo? Caberia um fato num sensor 36x24mm? Mas por outro lado a “boa fotografia” é aquela que retrata um tempo numa fração de segundo e mostra um grande cenário em poucos milímetros, isso é uma arte, uma habilidade prática da interpretação e da intervenção.

   Não é minha intenção provar ou questionar nada, a intenção é mostrar o quão grande e complexo é o universo da fotografia, minha intenção é fotografar e que se possível da melhor forma possível, minha intenção é deixar uma escrita e a fotografia foi umas das formas que encontrei para fazê-lo, quanto à arte, me considero leigo ao tema, e quanto ao fotógrafo estou na busca.

Referências
MARIGO, Luiz Claudio. Fotografia de Natureza – Teoria e Prática / FOTOGRAFE. São Paulo: Editora Europa, 2013. (nº198, PÁG. 203)

CAMPANY, Davi / HACKING, Juliet. Tudo Sobre Fotografia. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2012.

HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia. São Paulo: SENAC São Paulo, 2013.
Nem tudo que a fotografia mostra é visível aos olhos e para tanto requer tecnologia e técnica do fotógrafo.
Nem toda imagem requer uma obrigação técnica ou estética. 


Alguns registros são o que chamamos de pinturas, pois fazem uma alusão de romantismo, de épico, de beleza, de simplicidade entre muitos outros. Cabe ao fotógrafo realçar ou dar um toque técnico a cena, que no caso foi preto e branco, configuração presente em muitas câmeras, realçando a ideia épica e de simplicidade.

Algumas fotos embora não mostre muito trazem um olhar poético, como na imagem acima de uma galinha com seus pintinhos numa calçada em plena zona urbana é no mínimo intrigante, embora faltem alguns elementos e a imagem não esteja tecnicamente perfeita a cena é linda.
Cores, formas e contrastes são elementos presentes em pinturas, na fotografia também é possível e recomendável explorar esse recurso.

Fotografar é escrever com luz, no caso foram usados vários pincéis, entre eles a luz de um carro que passou no local no momento da foto, essa luz não só trouxe um novo elemento a cena, os rastros de luz, como também ajudou a iluminar a lateral da igreja. Igreja de são Francisco em Ouro Preto.

Algumas técnicas de enquadramento são usadas tanto por pintores como por fotógrafos para dar equilíbrio e dinâmica à imagem.
Nem sempre o que a foto mostra é o que realmente é. A fotografia tem o poder de mexer com nossa imaginação e de causar sensações que vão além das lembranças de momentos passados mostrado nos álbuns familiares.
Fotografar pode ser brincar com a imaginação e nosso sentidos. 

A foto requer uma finalidade, em natureza há uma forte distinção de fotos consideradas artísticas das fotos “documentais” na foto artística não há o compromisso de retratar, ambientes, cores e posicionamento há apenas a ideia de retratar a beleza da cena, já em fotos com fins científicos e didáticos as imagens necessariamente tendem a mostrar em detalhes o que esta sendo retratado, sendo assim a parte artística como dinâmica, composição e outros fatores primordiais nas fotos artísticas ficam em segundo plano. 


O modo como se configura a máquina pode mudar bastante a cena registrada, há alguns conceitos subjetivos que transmitem informações, como na imagem acima a baixa velocidade do obturador evidenciou a ideia de movimento dos insetos que voavam em direção a flor. Para tanto, é preciso tecnologia da câmera, conhecimento técnico e o que chamamos de olhar do fotógrafo.




terça-feira, 29 de outubro de 2013

Conhecendo Bibibiri

Um dos recepcionistas do parque



Localizado a 15 km de Diamantina MG, o Parque do Biribiri é uma alternativa a mais para aqueles que buscam mais do que as belezas históricas do Município. Além das belezas paisagísticas do parque há também várias cachoeiras e uma boa variedade de fauna e flora.
Os primeiros metros adentram do parque já cativam os olhos: à longa estrada de chão batido cortando os campos naturais, já no segundo quilômetro são as florações rochosas que começam a chamar a atenção, não só as rochas, mas também todas as espécies de vida que estas abrigam. A rusticidade das rochas pontiagudas contrastam com a delicadeza das bromélias, orquídeas e outras plantas rupestres. Há de se destacar também presença de várias espécies de cactos.
As cachoeiras do parque são uma verdadeira intimação a um banho, além de belas, suas águas são quentes e transparentes, não há quem resista, além de tudo são bem preservadas e limpas, um dos fatores que contribui para isso é proibição de acampamentos dentro do parque.
Onde há rochas existem répteis e estes são bem abundantes, mesmo sem conhecer muito sobre esse grupo pude notar pelo menos 3 ou 4 espécies diferentes de lagartos e segundo relatos muitas espécies de serpentes.
Mas não é só a natureza na sua forma original o atrativo do local, dentro do parque está a Vila de Biribiri, “o Shangri-lá – o idílico lugar criado em algum ponto do Himalaia pelo inglês James Hilton (1900–1954) em sua obra mais famosa, Horizonte perdido.” Construído em 1877 para abrigar uma fábrica de fiação e tecidos do Biribiri e, ao mesmo tempo, empregar mulheres pobres do Vale do Jequitinhonha, o povoado chegou a ter 1,2 mil habitantes, na década de 1950. Hoje apenas uma família nativa vive no local, as outras casas estão sendo vendidas a turistas que querem refugiar longe de tudo principalmente da ação criadora e devastadora do tempo, que caracteriza e descaracteriza a natureza e as próprias obras humanas.

O nome da vila, em tupi-guarani, significa buraco fundo, numa alusão à sua localização, entre o sopé de uma montanha e o leito de um curso d’água.


Ponte do caminho dos escravos, o caminho dos escravos é umas das atrações do parque. 

orquidácea 

Réptil comum no parque

Réptil comum no parque


Réptil comum no parque


florações rochosas, uma das marcas do parque. 

gralha-de-topete (Cyanocorax cristatellus)


Cactos do parque

Cachoeira da Sentinela

Cachoeira da Sentinela

Cachoeira da Sentinela

Cachoeira dos Cristais 

Cachoeira dos Cristais 

Cachoeira dos Cristais 

Vila de Biribiri

Vila de Biribiri

Vila de Biribiri
Pôr do sol em Biribiri. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

2º Workshop: Observação e Fotografia de Aves e Ascensão vertical em dossel




Local: Refugio de montanha do Sr Paulo, Bairro Pantano – Andradas – MG
Dia: 09 de Novembro se fechar a turma de de 12 participantes.
Instrutores: Eric Williams (biólogo e ornitólogo), Ederson Godoy (Fotógrafo e Técnico em Meio Ambiente) e Jorge Roumie (Engenheiro Florestal e Escalador).
Valor: 130 incluindo transporte até o local, almoço caipira, café da tarde e certificado. 
Forma de pagamento: a vista ou em 2 vezes no cartão.  A vaga só será assegurada mediante deposito bancário de 50% do valor o restante poderá ser pago no dia em cheque ou no cartão para 30 dias.
O que levar: água e protetor solar. (Evite perfumes e cremes de aromas fortes)
O que vestir: Roupas leves, sapato fechado e chapéu.
Quem pode participar: interessados em fotografia de natureza, biólogos, profissionais da área ambiental, conservacionistas, apaixonados por aves e demais interessados.

Detalhes:
O segundo workshop a ser realizado pela Verdenovo acontecerá em novembro mediante a confirmação de pelo menos 10 participantes. O foco deste segundo workshop será observação de aves onde o biólogo Eric Williams passará técnicas de observação tanto para hobbie como para fins científicos, para tanto serão abordados algumas metodologias científicas de observação, uso de equipamentos como binóculos, play back e gravadores anotações de campo, guias indicados etc. Ederson Godoy passará técnicas de fotografia de aves abordando sobre equipamentos, técnicas de fotografia de aves e natureza, comportamento em áreas naturais e importância da fotografia em pesquisas. Finalizando Jorge Roumie passará técnicas de ascensão em dossel, equipamentos utilizados, segurança e aplicação das técnicas em pesquisas e em fotografia de natureza.
A turma será dividida em 3 grupos que revezará de instrutores durante o dia, assim todos receberão todas as mesmas informações com maior atenção possível.
O Workshop esta previsto para acontecer durante o dia todo a começar as 7:30 hrs, da manhã para isso a previsão de saída de Poços será as 6;30 hrs da manhã, em local ainda a ser definido.  Participantes de outras cidades poderão se dirigir direto para Andradas onde se encontrarão com demais.


Maiores detalhes: Fones 9135 7012 (Vivo) 88069189 (Claro) 92508767 (Tim) e-mails: verdenovo22@hotmail.com ou fotografoedersongodoy@gmail.com

Abaixo fotos do local: 


Subindo a Pedra do Pantano

Jorge Roumie, instrutor de Ascensão e Rappel. 


Paisagens do local

Natureza local 

paisagens do local

Pedra do Pantano. 

Pedra do Pantano 

Subindo a Pedra para Pedra do Pantano. 


Um ensaio do próximo workshop. 


Jorge Roumie e Gabriela praticando escalada. 

Jorge Roumie e Gabriela praticando escalada. 


Adicionar legendaJorge Roumie e Gabriela praticando escalada. 

Jorge Roumie e Gabriela praticando escalada.

Lembrando que não será um curso profissionalizante, mas sim um introdução e uma vivência pratica. O Workshop não vai incluir ascensão em rochas, embora as técnicas seja bem parecidas.  

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Introdução ao 2º Workshop Fotografia de Natureza

Segundo o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) (2011) existem no Brasil, 1832 aves catalogadas, ou seja, para aqueles que almejam fotografar aves, motivos não faltam. No entanto, este é um dos grupos mais difíceis dentro da fauna de serem fotografados, pelo tamanho quase sempre diminuto, pela biologia arisca, pelos movimentos rápidos, pelo habitat e comportamento.

O dossel é um dos habitat preferido das aves, onde se encontram cerca da metade desses bichinhos (Schmidt 2002).  Compreende-se por dossel o ambiente formado pelo aglomerado de copas de árvores, seus troncos, galhos, folhas e também epífitas e outras plantas presente no topo das florestas (Matter 2010). Sendo um dos ambientes mais ricos da terra, abrigando cerca de cinquenta por cento de todos os organismos vivos existentes, e por sinal é também um dos ambientes menos conhecido pela ciência.

Considerando os dados acima fica evidente que para aqueles que almejam fotografar aves ou qualquer outro grande tema da natureza, fotografar o dossel passa ser quase que uma obrigação, no entanto, se a fotografia de natureza já impõe suas dificuldades, fotografar dosséis passa ser mais do que um desafio que requer múltiplos conhecimentos, e que somente pelo fato de envolver ascensão e altura já assusta e até mesmo impossibilita muitos entusiastas pela fotografia de natureza.

Mais do à coragem e conhecimento a fotografia em dossel requer técnicas especiais, sobre tudo no que diz respeito à segurança. Atualmente há três categorias principais de ascensão: (Matter, 2010 cit Moffet e Lowman 1995, Barker e Sutton 1997) os de alta tecnologia; que são métodos onerosos, como plataformas, dirigíveis e similares, estes rendem bons resultados, mas os altos custos impossibilitam até mesmo os profissionais de alto escalão de usufruir destas técnicas.  Os de baixa tecnologia; são os que possibilitam o acesso ao dossel por meio de escaladas em árvores e/ou por cordas especiais, estes custam menos, no entanto, podem ser desconfortáveis e se aplicados sem os conhecimentos e técnicas corretas podem causar riscos, tanto ao fotógrafo como ao ambiente. Por fim ao método baseado no chão; onde o fotógrafo permanece no chão para obter imagens do dossel, neste basta uma câmera compatível e um bom binóculo, porém este método pode ser bastante limitado dependendo da altura do dossel, além das limitações impostas naturalmente pela iluminação, angulo em relação ao motivo e os obstáculos naturais, como galhos e folhas que se impõe entre o motivo e o fotógrafo.

Para facilitar, os fotógrafos podem usar de artimanhas como iscas naturais, chamarizes sonoros (play back) e camuflagem. Mas para cada possibilidade citada há um preço a ser pago. E tudo isso será abordado no próximo Workshop de Fotografia de Natureza com o fotógrafo Ederson Godoy o biólogo e ornitólogo Eric Williams e engenheiro florestal e escalador Jorge Roumie.  

Referências

 MATTER, S. Von Matter et AL,  Ornitologia e Conservação, Rio de Janeiro, 2010. Editora Tecnical Books, (PÁG. 107 a 117). 
gavião-cabloco (Buteogallus meridionalis) Ave que se divide entre o dossel e o solo. 

tiriba-cabeça-de-coco (Aratinga auricapillus), nidificam preferencialmente em dossel. 

Alma-de-gato (Piaya cayana) raramente é visualizada longe do dossel. 

João-curutu (Bubo virginianus) Ave de rapina que abriga no dossel e caça no solo. 

surucuá-grande-de-barriga-vermelha (Trogon surrucura) Ave exclusiva de dossel. 
Sauá ( Callicebus sp) nunca desce ao solo. 

Bugio ( Bugio allouatta) raramente desce ao solo. 

perereca-verde também encontrada em dossel. 

Bromélia, grupo de plantas tipica de dossel.