Fauna do Planalto de Poços de Caldas

Consequência da complexa fitofisionomia do Planalto de Poços de Caldas, na qual ocorre considerável diversidade de biomas e gradações destes, a fauna do Planalto possui grande riqueza específica. Os estudos realizados, até então, demonstram que a riqueza específica da mastofauna é de aproximadamente 26, tais como: Chrysocyon brachyurus (Lobo-guara) e Leopardus pardalis (Jaguatirica), considerando que esta riqueza pode ser ampliada pela falta de levantamentos específicos das ordens Rodentia e Chiroptera. Quanto à herpetofauna, escassos estudos relatam a ocorrência aproximada de 59 espécies, sendo algumas endêmicas, como: Hyla stenocephala e Hylodes gr. Lateristrigatus, dentre outras.  A ornitofauna exibe aproximadamente 300 espécies, tais como: Pyroderus scutatus (Pavó) e Ilicura militaris (Tangarazinho) e já possuindo, em fragmento antropizado, índice de diversidade de Shannon ( ).

 A ocorrência total da fauna do Planalto poderá ser assaz ampliada se considerarmos estudos ainda não realizados cobrindo a totalidade dos Metazoários.

Texto Eric Arruda

Filhote de tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)

Catita (Monodelphis sp)

Mazama sp

Ouriço-cacheiro (Coedou prehensilis)

Macaco-prego ( Cebus apella)

Callithrix jacchus

 Taraquira (Tropidurus sp)

Perereca verde

jararaca (Bothrops sp)

rã-manteiga

Perereca-verde-das-árvores

Garça-branca (Casmerodius alba)

Surucuá (Trogon surrucura)

Basileuterus sp

Besouro-hércules

Mandruvá-bosta-de-galinha

taturana-bezerra

Casamento de Aline e Michael

 

Todo casamento é uma história diferente, cabe ao fotógrafo registrar essa história que com toda a certeza será um marco na vida do casal. Obrigado Aline e Michael por me confiar esta desafiadora e prazerosa tarefa. Fotografias feitas em Parceria com o a Colaboração da promissora fotógrafa Monique.  

Os momentos de preocupação

Os preparos... Foto Monique



O sonho... (foto Monique)

Os conselhos...

Emfim...

Reunir os amigos e parentes. 

As juras...

O compromisso...

A partilha...

As alianças

A união

O companherismo.

A benção...

O amor...

O acordo

A concordia...



Espero sempre registrar momentos felizes...

Exposição fotográfica

Farei uma exposição fotográfica paralela ao X Congresso de Meio Ambiente de Poços de Caldas, que mostrará as riquezas e belezas da biodiversidade local. A intenção do projeto é levar aos visitantes do congresso que a região é privilegiada por natureza, repleta de biodiversidade e de belezas paisagísticas. A idéia é interar e alertar que vivemos num lugar singular e que essas singularidades requer uma atenção especial, pois as riquezas naturais locais não tem apenas importância local, mas sim, é de extrema relevância para o equilíbrio ecológico do nosso país. O tema da exposição será “Biodiversidade do nosso Dique Anelar” referência à grande Caldeira Vulcânica no qual Poços de Caldas e algumas cidades vizinhas estão inseridas, ou seja, vivemos num lugar único no planeta. Ou seja, a intenção do projeto não será mostar as melhores imagens, mas sim as que melhor retratam "Nosso Anelar". Após a exposição estas imagens ficarão expostas no Jardim Botânico de Poços de Caldas e serão utilizadas para educação ambiental.

Paisagens unicas

Flora exuberante

Plantas endêmicas (Alstroemeria variegata)

Anfíbios e repteis da nossa região

Alguns animais ameaçados de extinção que ocorrem no planalto.

Cenas inusitadas

Flagrantes

Trabalho de levantamento de avifauna em fragmentos florestais em Poços de Caldas

Após acompanhar o Biólogo Eric Arruda, resolvemos fazer um vídeo que embora sem as técnicas certas e equipamentos indicados, mostrou bem a intenção do projeto, que acima de tudo é a preservação e conhecimento da avifauna da Planalto de Poços de Caldas

Que lebre é essa?

Gato por Lebre

Ao visitar alguns parentes na zona rural de Caldas, mas especificamente no bairro Tripuí, recebi um convite para procurar e fotografar “uma tal lebre” que segundo o meu tio Lucas tem se tonado muito comum na região e que é uma verdadeira praga para as plantações, principalmente para as lavouras de feijão. Também acrescentou que essa lebre era muito maior e muito mais rápida que a outra que antes era vista, mas que agora é muito difícil de ser encontrada. Como ele é ex-caçador e ainda continua pescando não dei muito crédito para suas descrições

Ao chegar ao local indicado pelo meu tio, aproximadamente 7 horas da noite, acendi a lanterna e apontei para a plantação, que não tinha mais do que 3 equitares, me surpreendi pelo o que vi: _ Não era uma ou duas lebres, mas um verdadeiro bando, só que consegui contar formam 8 animais saciando-se das plântulas do feijoeiro.

Nesse momento começou a correria minha e do meu tio para fotografar as lebres, ele segurava a lanterna para que conseguisse o foco e eu tentava fotografa-las, numa verdadeira corrida em meio à plantação, não foi fácil, pois realmente o bicho é rápido e facilmente se espalhou por outras plantações e fragmentos florestais ao redor, foi difícil mais consegui, as condições de total escuridão me obrigaram a usar Isos elevados e flash, isso atrapalhou na composição das fotos, mas a missão foi cumprida.

 Mas que lebre é essa?

Embora facilmente encontrada na região podendo mesmo visualizada aos bandos em plantações, não é um animal nativo da região, nem mesmo do Brasil. Essa lebre é exótica que não tem nada a ver com nossa lebre, o tapeti (Sylvilagus brasiliensis) que é muito menor chegando ao máximo 1,5 quilos enquanto a exótica chega facilmente aos 5 quilos.  Segundo Sibinnelli  essa “lebrona” (Lepus europaeus) veio trazida da Europa para a Argentina em 1896, para fazendas de caça, e para o Chile em 1986, para ser criada em cativeiro e abastecer restaurantes. O bicho escapou para a natureza por falta de controle adequado, foi liberada por criadores arrependidos do negócio ou propositalmente solta para facilitar a caça esportiva. Não teve dificuldades em se instalar em ambientes naturais ou junto a lavouras e vem se espalhando desde então, como uma verdadeira praga agrícola. 

Fonte: (Valdemar Sibinelli Revista Terra da Gente - Campinas, SP March 2010).

Lepus europaeus

Lepus europaeus

Lepus europaeus

Tapeti ou lebre, (Sylvilagus brasiliensi)animal nativo do Brasil

Pedra Branca

Pedra Branca, A Pedra Preciosa

 

Localizada na Serra do Maranhão, borda ocidental da Serra da Mantiqueira que coincidentemente também borda da caldeira vulcânica de Poços de Caldas, o maior conjunto de rochas alcalinas da Terra, uma estrutura anelar de 33 km de diâmetro (Ponçano et al., 1981) está a Pedra Branca um dos maiores patrimônios naturais da região e esse monumento está a menos de 15 km do centro da cidade com seus de 1800 metros de altitude  um dos grandes picos do Sul de Minas, orgulho dos moradores e atração turística para visitantes.

Considerando seus aspectos naturais e sua importância ecológica e cultural para o município a pedra e seu entrono foi convertida numa Unidade de Conservação (UC) “Santuário Ecológico da Pedra Branca”, pela Lei Municipal nº 1.973 de 29 de dezembro de 2006.  Uma espécie de Unidade de Conservação de proteção integral com grande potencial conservacionista. No entanto, essa UC ainda não tem um plano de manejo que será a ferramenta que dará o norteamento das atitudes cabíveis e necessárias para a real conservação desse patrimônio. “A Serra da Pedra Branca merece um grau especial de proteção em função de sua beleza cênica, da importância simbólica na região e de relevância ambiental em função da quantidade de endemismo da fauna e da flora, da ameaça de extinção de alguns grupos, como os bugios que ainda povoam as pequenas matas restantes e por importância nos serviços ambientais." (CONFORTI apud TORRES, IBAMA, 2004).

 Embora a Serra da Pedra Branca esteja inserida dentro do bioma da Mata Atlântica sua vegetação e de entorno é bem especifica, segundo Conforti e et al as fisionomias vegetais da Mata Atlântica registradas nas linhas cumeada na Serra da Pedra Branca que são as florestas Alto-montanas ou nebulares e os Campos de altitude é uma das mais sensíveis e menos estudadas da Mata Atlântica, ou seja, é indiscutível que a pedra e seu entorno são monumentos naturais singulares e que merecem todo o respeito e atenção cabíveis.

Falando da pedra propriamente, há outra excentricidade que chama a atenção que são as ranhuras e sulcos na superfície rochosa, que para quem olha da impressão que jogaram algo corrosivo na sua superfície. Na verdade são ações de intempéries naturais no decorrer dos vários milhares de anos de existência da pedra. Outro fato interessante é que a floração rochosa que se mostra na superfície é esbranquiçada, por isso o nome “Pedra Branca”.

Tudo isso somado a linda paisagem do local justifica o fato da pedra receber centenas de visitantes no decorrer do ano, que procuram a pedra em busca de aventura, paz e um contato mais próximo com a natureza, por isso e por tudo a Pedra Branca é a nossa pedra preciosa.

Formação rochosa típica do Local

Pedra Branca



Pedra do Tripuí, um monumento natural desconhecido da nossa região.

A Pedra do Tripuí está localizada no Bairro do Mesmo nome há 30 km do centro de Caldas, na divisa do município de Campestre. Sua altitude varia entre os 1500 e 1600 metros.

Rodeada por uma modesta faixa de vegetação de floresta mista de altitude composta arvores entre 10 e 25 metros que na grande maioria abrigam epífitas*, destaque para a bromélia Vriesea regnellii Mez, 

Vriesea regnellii Mez. 

muito abundante. Essa faixa de floresta esconde algumas florações rochosas e pequenas grutas, abrigo para morcegos e outros mamíferos e aves. Sobre a pedra a vegetação é bastante variada o número de espécimes rupícolas é grande distribuído por várias famílias, entre estas: pteridófitas (samambaias), bromeliáceas (bromélias), orquidáceas (orquídeas), melastomatáceas (quaresminhas) e alstromeriáceas (alstroemerias), representada por uma espécie que ainda não se sabe se é a Alstroemeria variegata encontrada na Pedra Branca ou se é outra espécie.

             

Alstroemeria sp, encontrada na Pedra Tripuí

A fauna local é representada por répteis, aves de rapina e grandes mamíferos como a onça-parda (Puma-concolor) e o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), que de vez enquanto são visualizados por moradores do entorno.

A pedra é um local de fácil acesso, no entanto, não esta aberta à visitação pública por localizar- se em propriedade particular. Mesmo assim, a pedra recebe visitantes, como pesquisadores e parentes de moradores próximos que auferem autorização dos proprietários do local. 

Embora não muito conhecida pelos caldenses à pedra é um importante patrimônio natural da região; por sua beleza cênica, por suas riquezas naturais como também pelas lendas e estórias que circundam toda a sua extensão. 

Grutas da pedra

Parte alta da Pedra

Paredões de pedra

Paredões de pedra

Vegetação típica de local, na época de seca. 

Bromélia 

Serra do Tripuí