Existem
diversos tipos de interações, inclusive nós humanos participamos de algumas,
como por exemplo, nossa interação mutualística com os cães, onde lhe oferecemos
comida e abrigo e eles nos oferecem proteção e companhia, e nossa interação
predatória com diversos animais e plantas.
Porém existem
algumas associações onde literalmente duas espécies diferentes se tornam uma só
para obterem benefícios, é o que acontece com os líquens, uma associação entre
alga e fungo. A relação entre o
componente fúngico e fotossintético não é certamente definida, podendo ser
classificada desde um parasitismo até um mutualismo estrito, de forma que o
processo é claramente mais vantajoso para os fungos (MARCELLI, 2006) embora as
algas (organismo fotossintético). Nesta associação o fungo obtém nutrientes
(hidratos de carbono) que não é capaz de produzir sozinho do componente
fotossintético, as algas, enquanto o último recebe água, sais minerais e um
suporte estável do componente fúngico (MOEL, 2008).
Este é um dos grandes exemplos da
natureza onde a adaptação para o sobrevivência transpõe barreiras e deixa claro
que mesmos seres diferentes se necessitam. Lei que não está externa ao homem,
embora a modernidade e a tecnologia tenha afastado cada vez mais o homem do seu
contato com a natureza as interações e a dependência nunca deixou e vai deixar
de existir, pelo contrário, quanto mais sofisticada a vida humana se torna,
mais dependente se torna dos recursos naturais, enquanto estes se tornam cada
vez mais escassos.
Se considerarmos as teorias
Darwinianas, será que estamos realmente nos adaptando ao ambiente, ou estamos
adaptando o ambiente de forma para sobrevivermos? E a continuidade da espécie,
como fica? Estamos “criando” descendentes mais aptos, ou ao contrário, decentes
mais dependentes e para um planeta cada vez mais escasso? A teoria de Gaia diz que: “ O planeta é um organismo vivo”, se assim for não
estamos apenas nos alto destruindo como estamos destruindo toda a vida ao nosso
redor.
Não seria a hora de olharmos a nosso redor e ver
como seres tão simples como fungos e algas encontrou para sobreviver e deixar
sua prole as futuras gerações. Talvez Darwim não tenha considerado a questão da
simplicidade para a sobrevivência: “quanto mais simples constituir sua forma de
viver e quanto menos dependente estiver de outros seres, maiores serão as
chances de sobrevivência”. Talvez esta lei não se aplique a todas as entidades
existentes, mas aos humanos é uma regra, sendo assim, está mais do que hora de
repensarmos o que estamos fazendo contra a nossa espécie e com as outras do
nosso planeta. Afinal, as leis naturais não favorecem ou discriminam este ou
aquele ser, nela somos todos iguais, todos em busca da sobrevivência.
Líquen, associação entre alga e fungo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário