domingo, 5 de maio de 2013

Fotografia em Educação Ambiental


Fotografia em educação ambiental.

Qual é o poder da imagem? É possível vivermos num mundo sem fotografias? _ É difícil imaginarmos um mundo sem o uso da fotografia, desde que a fotografia foi inventada em 1839 (CAMPANY 2012) já teve as mais diversas aplicações, serviu como testemunho  de grandes fatos históricos, ilustrou os mais diversos fatos e acontecimentos. E hoje, nos dias atuais uma era absolutamente estética a fotografia tornou-se uma grande ferramenta de venda de produtos, marcas, marketing e até mesmo de alto-divulgação para os mais variados fins, basta analisarmos a redes sociais para que possamos ter uma noção do poder da fotografia. Mas qual é o verdadeiro nicho da fotografia no contexto social da era atual? Talvez essa seja uma questão que não há como mensurar, no entanto, é inegável que é vital em diversas aplicações, como em educação ambiental por exemplo. A educação ambiental hoje tem como objetivo a interação e a conscientização do homem frente às grandes questões ambientais e que tem grande função na organização e estruturação das sociedades e do espaço, abarcando desde um simples cidadão a uma grande empresa.

Com o desenvolvimento industrial e tecnológico o homem foi se afastando do contato direto com a natureza selvagem. As grandes cidades se tornaram berço, esconderijo e local de caça do homem e tal alusão é tão intensa que esquecemos ou mesmo não sabemos que ainda somos e sempre seremos dependentes diretos dos recursos naturais: O leite não vem do saquinho, o petróleo é um recurso mineral que um dia irá acabar. Mas o que a fotografia tem com isso?

Cabe aos fotógrafos (de natureza ou adeptos) mostrar que a natureza ainda existe, é linda e não somente; é vital ao homem e que do mesmo modo que precisamos dos ambientes alterados precisamos de ambientes intocáveis para a manutenção de outros grandes serviços ambientais tão essenciais ao homem, como clima, água potável e fonte de recursos. Cabe à fotografia mostrar as mudanças que estamos fazendo no ambiente, assim como mostrar que estamos causando danos ao meio ambiente e consequentemente a os mesmos. Como é cada vez mais difícil levar o homem a natureza, o que seria o ideal, então cabe ao fotografo (de natureza) trazer a natureza revelada ao homem.

Por diversas vezes usei imagens de natureza em palestras com crianças. É indescritível o poder que estas imagens têm de chamar a atenção da criançada. E mesmo com adultos estas imagens fascinaram, espantam, chocam, comovem... No entanto, a imagem é apenas uma ferramenta. A informação ainda é o melhor argumento que podemos e devemos usar, embora imagens também sejam informativas elas são complementares mesmo que possam despertar mais do que qualquer outra ferramenta, no entanto,  imagens são interpretativas ou mesmo podem ser manipuladas pelo fotógrafo.

Se olharmos para uma foto de uma onça na beira de um rio, podemos ter a falsa impressão que esta tudo legal: Que o rio está limpo, que existem muitas onças, que elas estão ali porque tem muito alimento e que tudo está lindo e maravilhoso. Enquanto a realidade pode ser bem diferente: estas onças estão ameaçadas de extinção por perda de habitat, o rio onde elas estão às margens está poluído e por isso está pobre de peixes, sendo assim não há outros predadores, que seriam predados pela onça, a onça com fome ataca o gado dos fazendeiros que por sua vez matam as onças para defender seu rebanho. A verdade é: A imagem é linda, mas não é somente linda esta imagem simboliza muita coisa. Uma boa foto, só é boa se tiver contexto. Não que fotografia de vida selvagem não possa ser usada como ferramenta de educação ambiental, pelo contrário, deve-se usá-las, somente pelo fato de sermos estéticos sua aplicação já é justificável. A beleza retratada da vida selvagem pode nos levar a refletirmos o que estamos e como estamos tratando nosso ambiente.

Sem dúvidas a fotografia é uma grande ferramenta na educação ambiental e social, sejam estas de natureza selvagem, de alterações causadas pelo homem, de atitudes e iniciativas pessoais e/ou sociais, enfim as possibilidades são desmedidas e tudo dependerá do olhar do fotógrafo e do olhar de quem vê as fotos.
resurgindo das cinzas

Ciclo da vida

Plantar para colher

Cadeia alimentar

Repensar
 

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