O uru, ave galliforme
da família Odontophoridae.
Casal de urus fotografados num fragmento florestal em Caldas- MG |
O uru é um pequeno galináceo encontrado em toda área leste do Brasil, do Nordeste ao Sul, além das áreas fronteiriças de Paraguai e Argentina (Wikiaves 2017), Esta ave deixou de ser uma abundante aqui no sul de Minas devido principalmente a caça predatória e a destruição de habitas, hoje é encontrada em pequenos bandos em alguns fragmentos isolados.
Encontrada no solo de florestas densas, clareiras, matas de
araucárias e matas subtropicais onde é vista aos pares ou em grupos familiares.
São aves territorialistas quando assustadas fogem correndo pelo solo, se
escondendo pela vegetação densa, ou mesmo voando, quando em locais mais
abertos.
Sua alimentação ainda não é totalmente conhecida sabe-se que
se alimentam de alguns frutos,
sementes, artrópodes e pinhões, sementes da Araucaria angustifólia
o qual corta a casca e alimenta-se da semente.
Nidificam no
solo, em buracos cavados por outros animais como tatus, por exemplo, ou
constroem uma cabana de folhas secas onde botam em média 5 ovos. Seus filhotes são nidífugos. Procriam nos primeiros meses do
ano, no período seco (RODA, 2008).
Desafios
para fotografá-la
O uru é uma ave extremamente arisca que habita os solos florestais,
por isso, fotografá-la não é tarefa fácil, pois além dos desafios técnicos há
também os desafios naturais estabelecidos pelo bicho e pela floresta. O primeiro
grande desafio é encontrá-la e descobrir sua rotina ou seu território, isso
pode ser feito observando as marcas deixadas no solo, já que ela tem o hábito
de ciscar a serrapilheira em busca de alimento. Se tiver muita sorte encontrará ao acaso
ou pelo seu canto, que sempre é antes do dia amanhecer, mas se é muito provável
que ela perceba nossa presença bem antes de visualizá-las.
Como a ave habita o subosque aonde a luz quase não chega o
próximo desafio é superar isso, flash ou outras fontes de luzes artificiais não
funcionam, pois a ave é muito arisca e com certeza vai se assustar com as luzes
que denunciaram sua presença. O indicado é fazer uma camuflagem de madeira ou
pano e montar a maquina num tripé para poder usar uma velocidade mais baixa sem
gerar fotos tremidas, mesmo assim, o ISO muito provavelmente vai ser sacrificado
a não ser o uru seja atraído para um local com exposição de luz direta ou que
tenha uma teleobjetiva com abertura de 1.8 (f) ou menos, mais isso custa caroo!!
Com tudo isso providenciado é só se esconder e esperar, para multiplicar as chances use iscas, como milho ou pinhão. Dificilmente conseguirá êxito já no primeiro dia, é aconselhável deixar a
camuflagem armada por um dois dias para que os bichinhos se acostumem com o
objeto estranho, por mais natural que fique ainda sim vai ser notado e vai
gerar estranheza em primeiro momento. Espere.
Abaixo um pequeno vídeo caseiro e as fotos conseguidas depois de 3
dias de espera.
A ave é extremamente arisca, como todos animais grupais sempre há um que fica a espreita enquanto os outros se alimentam. |
Casal de urus descansando ao sol. |
http://redeglobo.globo.com/sp/eptv/terradagenteeptv/videos/t/edicoes/v/uru-e-ave-dificil-de-avistar/5833497/
https://youtu.be/f2qq61BzwWw
SICH, H. Ornitologia Brasileira, Rio de Janeiro, RJ, 2001.
SICK, H. (1997) Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.
SIGRIST. T, (2013) Avifauna Brasileira, Guia de Campo Avis Brasilis, Vinhedo, SP.
http://www.biodiversitas
http://www.wikiaves.
RODA, S. A. Odontophorus capueira plumbeicollis Cory, 1915. In: MACHADO, A. B. M; DRUMMOND, G. M.; PAGLIA, A. P. (eds). Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Volume II. 1.ed. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2008. p. 440 - 441.
https://youtu.be/f2qq61BzwWw
SICH, H. Ornitologia Brasileira, Rio de Janeiro, RJ, 2001.
SICK, H. (1997) Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.
SIGRIST. T, (2013) Avifauna Brasileira, Guia de Campo Avis Brasilis, Vinhedo, SP.
http://www.biodiversitas
http://www.wikiaves.
RODA, S. A. Odontophorus capueira plumbeicollis Cory, 1915. In: MACHADO, A. B. M; DRUMMOND, G. M.; PAGLIA, A. P. (eds). Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Volume II. 1.ed. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2008. p. 440 - 441.
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