Nesse quarto escuro onde toda luz é inversa há sempre um olhar de quem denuncia o instante, com letras de luz com palavras genéricas de interpretações díspares.
Toda luz é uma verdade, toda escuridão busca uma luz, tudo o que seduz é luz, mas nem toda luz é sol nem toda noite é escuridão. Pois na alegria e na dor o que vai importar é o instante e a sua cor, no evento da vida o que vai valer são meros segundos e entre a ciência e arte o mais admirável é o que não se sabe.
E o olhar se faz caçador e a caça se eterniza pelo reflexo do seu brilho e o caçador se faz presa na busca constante pelo único. A busca é sempre solitária as recompensas sempre se revelam quando menos se espera, quando os colores ainda se mostram.
Entre sorrisos infiéis e espontâneos, entre verdades e fatos existirá sempre uma janela que não se enquadra nas linhas do visível_ nem sempre o visível é o que vemos, nem sempre o que vemos é visível.
Assim toda noite é noite de luar, em algum lugar, todo dia o sol brilha a aqueles que querem enxergar e aos poetas que desejam pintar, embora nem toda pintura se faça com pincéis, embora nem toda poesia seja construída por palavras e embora nem toda arte seja física.
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