segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fotografar paisagens

Fotografia de Paisagens
Fotografar paisagens é a aplicação mais antiga da fotografia, as primeiras câmaras ou dagueótipos necessitam de grandes exposições entre 10 e 15minutos por tal motivo, apenas objetos ou motivos inertes eram possíveis de serem fotógrafos, sendo assim a fotografia de paisagens era uma boa opção.  Nos dias atuais fotografar paisagens continua sendo umas das modalidades preferidas pelos fotógrafos sejam amadores ou profissionais, até porque amadores que ainda não dominam as técnicas de fotografias conseguem belas imagens, pois basta uma paisagem bonita para uma fotografia bonita, mas não é bem assim, mesmo em fotografias de paisagens há várias técnicas que podem e devem serem aplicadas para dar vida, nitidez e contraste as fotos.
Quando se fala em paisagem sempre o que vem a mente é uma montanha com lagos as seus pés, porém paisagem em fotografia pode ter várias definições, como paisagem urbana, paisagem selvagem, paisagem rural, paisagem noturna, etc... Mas de qualquer forma paisagem sempre irá se referir ao um espaço ou ambiente, que englobe alguns elementos naturais e /ou artificiais. Por tais motivos a fotografia de paisagem sempre teve, tem e terá forte conotação na história do homem sobre o espaço, pois através da fotografia de paisagem é possível evidenciar impactos, elementos e transformações decorrentes ou não das mãos humanas. Há também o contexto emotivo, espiritual e sensibilizador que a fotografia de paisagem pode despertar levando o homem a compreender melhor seu espaço e se interar melhor de forma mais harmônica e menos destrutiva, ou seja, a fotografia de paisagem é uma excelente ferramenta, com diversas aplicações funcionais.
Para se conseguir uma boa imagem de paisagem além do olhar e do enquadramento é fundamental o domínio da luz, velocidade e principalmente do diafragma, que o que dará nitidez e contraste a foto, pequenas aberturas são vitais para fotografias em dias claros e com nuvens “carneirinhos” que normalmente são as fotografias que mais causam impactos visuais. Já quando se fotografa paisagens urbanas, e no motivo há automóveis e/ou pessoas é sempre bom deixarem estes congelados, o que requer uma velocidade maior, claro que depende do que se pretende mostrar, o que também é vital na fotografia de paisagem, mostrar o que se deseja de forma clara e objetiva. Mostrar muita coisa ao mesmo tempo e sem o devido enquadramento pode tornar a imagem confusa e cansativa aos olhos, é sempre interessante que os olhos passeiem pela imagem gerada. Por isso, fotos com o motivo principal no centro pode não ser uma boa alternativa, é interessante que haja interação e composição na imagem, ao fotografar uma paisagem pense que esta fazendo uma pintura, é como uma pintura pré-definida.
Alguns desafios para a fotografia de paisagens são as perspectivas, alinhamentos, reflexos e descompensassão de luz, quando se tem um ambiente muito iluminado e outro sombreado, e estes desafios requerem técnicas e muita prática. Para erros de perspectiva evite fotografar uma paisagem aberta, muito próximo de um objeto do primeiro plano, ou se posicionando de forma que um motivo pareça desproporcional ou maior que outro que não seja, ou mesmo mostrar uma distância que não seja a real entre motivos, no entanto, artisticamente é possível tirar proveito e da para brincar bastante, mas quando se trata de jornalismo, arquitetura e documentários estes erros podem ser fatais. Quanto ao alinhamento sempre olhe as bases e as laterais ainda com a câmara apontada, para evitar imagens inclinadas. Quanto à desproporção de iluminação a dois caminhos; o meio termo ou destacar o que se deseja. Quando é possível compensar com flash é o indicado, mas imagens de paisagens são sempre abrangentes e o flash tem capacidade limitada sendo assim, nem sempre é a menor alternativa. Por fim tem o fotoshop, que é não pensar nele quando se fotografa, mas que dependendo da finalidade da fotografia é a melhor alternativa.
Alguns motivos exigem técnicas especiais, como fotografia de paisagem noturna, cachoeiras, pôr do sol e ambiente claros demais. Para paisagem noturna é primordial o uso do tripé, pois esse tipo de imagem requer baixa velocidade do obturador o que em punhos vai gerar fotos tremidas e borradas, e se possível até mesmo o uso do temporizador para evitar qualquer tipo de movimentos causados pelo contato com obturador ou pelo movimento do tripé quando esse não é muito estável. O uso do tripé também é indicado para se fotografar cachoeiras e corredeiras quando se quer deixar estes com efeito fabuloso, quando a água parece espuma branca congelada, nesse caso diminua a abertura e a velocidade e faça testes. Para imagens bonitas do pôr do sol esqueça o fotômetro, diminua a abertura aumente a velocidade e trave o ISO o mais baixo possível. Faça testes até que a foto lhe mostre as cores mágicas do amanhecer ou entardecer, aliás, nem sempre é indicado seguir a risca o que pede o fotômetro, o importante é que o motivo principal esteja na exposição desejada, lembrando que motivos claros refletem mais luz e motivos de cor escura menos luz, ou seja, para motivos claros, como branco, amarelo e rosa trabalhe com o fotômetro negativo e para cores escuras como preto e verde escuro com o fotômetro pontos acima.
Para boas imagens de paisagem é necessário paciência, Ansel Adams (1902-1984) foi um dos grandes precursores da fotografia de paisagem, diz à literatura que era capaz de permanecer horas posicionado esperando pelo momento perfeito. A boa técnica e o estilo próprio pode ser a junção ideal, Sebastião Salgado, um dos fotógrafos mais conhecidos do mundo  chama a atenção por suas imagens surpreendentes em preto e branco. O fotógrafo de paisagem pode ter seu foco, como o britânico Jem Southam (1950) que tinha preferência por paisagens que mudam com o tempo por forças naturais, já o canadense Eward Burtynsy (1955) já tinha preferência em fotografar paisagens modificadas pelo homem, enfim, os motivos são infinitos.
Referências:
Tudo Sobre Fotografia,  prefácio de DAVI CAMPANY, 2012.
O Novo Manual de Fotografia, JOHN HEDGECOE, 2003.
Fotos tiradas a noite, modo longa exposição com tripé

Paisagens noturnas



Paisagem rural, mostrando trabalho agrícola

Trabalhando com perspectiva e composição

Nascer do sol, Pedra Branca

Abaixando a velocidade do obturador

Usando coisas simples para criar efeitos interessantes

Aproveitando da luz artificial

Espelho d´`água

Usando da névoa 

Brincado com a perspectiva

efeito fim de tarde, as luzes mágicas do fim de tarde dura apenas alguns minutos. 

Tornando cenas comuns em paisagem

Contra o sol

Molduras naturais

Mostrando a dimensão e a ideia do passeio, (foto de Henrique)

Adicionando molduras naturais e explorando o contraste

O preto e branco deu efeito bucólico a cena o que talvez não seria possível se a imagem fosse colorida

Expressando ideias e sentimentos

Explorando contraste 

Nessa imagem o flash foi usado para mostrar o primeiro plano. 

Cenas típicas contrastam a realidade

O uso de tripé é vital para criar efeitos especias 

Adicionar legenda

Explorando formas e cores

Paisagens selvagens

O momento exato 

Distribua a cena 

combinado a cores 

centralizado a cena 

inclinações naturais

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